Se eu tivesse mais alma pra dar eu daria.
Isso pra mim é viver.
Se eu tivesse mais alma pra dar eu daria.
Isso pra mim é viver.
Se eu pudesse definir o Rio com uma palavra, seria Intensidade.
Intenso no calor, intenso no inverno,
intenso nas chuvas, intenso nas cores, nos azuis, nos cinzas e verdes.
Nos velhos da pracinha, nas crianças do parque, nos horários de pico.
Intenso na preguiça em dia nublado,
intenso no sotaque,
intenso na alegria,
intenso nas misérias.
Intenso em tudo que se pode enxergar ou apenas sentir.
Intenso nos encontros e nas despedidas
intenso nos desencontros,
nas pessoas, e principalmente nos desconhecidos.
É intenso nos mares e no sexo.
O Rio é paixão. Afeto. Desavença.
Exagero.
Intenso nas oportunidades e ao mesmo tempo, na falta delas.
Intenso na música, na boemia.
Não tem meio termo, não tem mais ou menos.
Se você não estiver atento, o Rio te engole.
Te massacra.
Te faz sentir pequeno.
O Rio é intenso.
É muito.
É inquieto.
Intenso na desorganização
e na forma como desorganizado ele consegue se organizar.
O Rio te atrai completamente ou te repele.
O Rio te confronta.
Te questiona.
Te desafia.
Se o Rio tivesse sexo, ele seria uma mulher.
Com todas as coisas boas e ruins de a ser.
Com seus hormônios, com suas tensões,
com seus dias lindos e ensolarados,
e, não obstante, com suas guerras internas,
aquelas... que só podem ser resolvidas dentro dela mesma.
O Rio é indiscreto.
É nu.
É egocêntrico.
É preconceituoso.
O Rio é assim...
o Rio é intenso.